Mulher empreendedora, como equilibrar vida pessoal e profissional.

    Mulher empreendedora, como equilibrar vida pessoal e profissional.

    Uma visão contemporânea, de uma mulher bausaqueana, no século XXI.

    Para falar do equilíbrio, antes é preciso reconhecer que existe o desequilíbrio, pois para ficarmos bonitas, as vezes ficamos feias antes. Passar pela quebra do ovo, para chegar ao esperado omelete, é preciso coragem para o novo surgir.

    A mulher traz em si uma combinação de papéis importantes, geralmente a mulher empreendedora é APAIXONADA: pela vida, pelas suas ideias, pelos seus sonhos, pelo seu esposo, pelos filhos, pela família, pelos amigos, pelas amigas, pela profissão, pelo trabalho, pelo conhecimento, pelo crescimento, e principalmente pelos desafios.

    Alguns dados são curiosos, a respeito de como o empreendedorismo feminino cresce e acelera a mudança de postura e de lugar da mulher, principalmente a mulher Brasileira, conhecida mundialmente como as mais empreendedoras de todas, para muitas uma pena que seja mais por necessidade, que por oportunidade.

    As executivas ocupavam apenas 6% dos cargos de diretoria nas 500 maiores empresas do Brasil segundo o Instituto Ethos 2009.

    Em postos de supervisão as mulheres representam 37% da força de trabalho.

    Nas gerências a taxa é de 25% e a previsão é que elas dominem esses cargos no período de dez anos. (Fonte: Revista Isto É Dinheiro, Ed. 613 de 08/07/2009)

    Nos encontro de Empreendedoras o controle feminino é de 52,4% dos novos negócios, (com até 42 meses de criação) – dados de 2007.

    De cada 100 brasileiras, 13 estavam envolvidas em atividades empresariais, a 7ª posição no ranking mundial de empreendedoras (composto por 42 países) . Segundo fonte: GEM 2007, Sebrae e IBQP.

    O empreendedorismo feminino:

    No Brasil é de 26,6 %;

    No Peru: 25,9 %;

    Na Tailândia: 18,7 %;

    Na Colômbia: 16,8 %;

    Na Venezuela:14,5 %;

    Na República Dominicana:7,7 %;

    Na China 13,4 %.

    Milhões de mulheres à frente dos negócios. Segunda fonte: Pesquisa domiciliar GEM 2007

    Muito mais por necessidade 64%, que por oportunidade 37%:

    14 % mulheres brasileiras chefes de família. Fonte: Pesquisa Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, 2008

    30 % mulheres recebem em média 30% menos do que os homens. Fonte: IBGE Março/2008.

    As mulheres têm investido muito mais em negócios, que os homens:

    Mulheres 63% e os Homens 38% (Fonte GEM 2007)

    Onde elas estão?

    37 % no Comércio varejista artigos de vestuário e complementos

    27 % na Indústria de transformação confecções, fabricação de produtos alimentícios, fabricação de malas

    14 % nas Atividades de alojamento e alimentação

    O futuro das nossas brasileiras

    60 % estudantes matriculados áreas de saúde, humanidades, artes e ciências sociais do Brasil

    30 % matemática e engenharia cursos tradicionalmente masculinos

    47 % ensino superior de administração

    Fonte: Reportagem Elas chegaram ao topo – Revista Isto É Dinheiro Ed. 613 de 08/07/2009

    Hoje em 2010 somos a maioria nas ruas e nas faculdades, trabalhamos fora e dentro de casa, guerreiras incessantes , senhoras de notável força e beleza, capazes de amar, de criar, de decidir, de comandar e servir, tudo isso muito bem.

    Nos dividimos entre, um volante, um asfalto, máquinas e o fogão, e o berço, e a mamadeira, e o salão de beleza, e a internet, somos deusas gregas de muitas grandezas, Atenás, Perséfones, Héstias, Afrodites, Árthemis, Deméteres…

    Somos loucas por livros, computadores e esmaltes, muitos esmaltes, cremes, batões e tudo que melhore nossa autoestima em ascensão.

    Somos consideradas emergentes num mundo doravante masculino, senhoras e senhoritas que invadem a Sapucaí da vida e sem pedir licença arrasam no samba enredo de suas histórias, cantam e dançam mostrando com graça a que viemos.

    E como diz a música : “Mulheres querem amor e poder” , Afeto e conhecimento.

    Somos mulheres, esposas, amantes, mães, filhas, amigas, professoras, alunas, empresárias, sonhadoras, somos empreendedoras. Rodar tantos pratinhos requer habilidade, intuição, sensibilidade, uma leitura constante de novos modelos, novos paradigmas, novas fontes de informação, novos caminhos, novos porquês e novas respostas, ou não talvez entendamos que muitas vezes ficaremos sem elas.

    A mulher conquista um espaço importante e decisivo na sociedade para o rumo de suas vidas, isso exige muita energia e tempo, muita dedicação e disciplina, muita determinação e principalmente sacrifícios, e aí é preciso rever alguns pontos e ponderar o que vale, o que traz a harmonia, o equilíbrio e principalmente a felicidade.

    Na sua grande maioria avançam solitárias, e não querem estar só, mas o preço para estudar, crescer, empreender e independente ser, é o de ficar só, ou ás vezes até estar acompanhada, mas sentir-se só.

    Muitas dizem: antes só que mau acompanhada, mas valemo-nos da música novamente que diz: ” Toda mulher quer ser amada, toda mulher quer ser feliz.

    Para mulher tudo, ou quase tudo tem que ter um motivo, nosso motivo maior pra tudo é ser feliz, não nos contentamos com que querem nos dar, queremos tudo, tudo que nos é de direito é claro.

    Fazemos tudo pra ser feliz, nos casamos pra ser feliz, estudamos, temos filhos, mudamos de cidade, de vida, de cabelo, fazemos plásticas, aprendemos outras línguas, fazemos fofoca e rezamos pra ser feliz.

    E nesse ponto é bem verdade que felicidade e equilíbrio caminham juntos, está certo que não em todas as idades, por que as vezes é bem fato que o desequilíbrio é nos leva as alturas do ser feliz, por que aí não buscamos respostas e pontos numa balança, procuramos apenas o sorriso daquele dia, daquele momento.

    O fato é que isso não nos preenche mais, por muito tempo, a aí sim o equilíbrio dos cabelos brancos, que rondam o pensamento e que nunca aparecem, tendo sempre seu lugar tomado pelas famosas e variadas tintas da moda, chegam e dão vazão a um volume enorme de questionamentos, desilusões e novas perspectivas de ver a vida, sim por que aí estamos já num outro patamar.

    Para buscar o equilíbrio é preciso olhar para todas as áreas de nossa vida, sem medo, enfrentar todos os nossos medos, nossos monstros interiores, nossas sombras e tirar todas as barreiras que nos impedem de visualizar novos horizontes, mais claros, mais nossos.

    Entendemos que somos seres humanos, mesmo querendo ser mulheres maravilhas, não vivemos uma história em quadrinhos onde tudo acaba bem sempre, e homens maus sempre se dão mau, numa história de vidas reais sofremos muito no passado, muitas ainda sofrem no presente e devemos lutar para não sofrermos no futuro. É certo que alcançamos lugares importantes, direito de pensar, de falar, de ter ideia própria, de sentir prazer, de votar e até a presidência da república, mas o que queremos mesmo é que nossas conquistas não nos deixem tristes e sozinhas, acredito que por este motivo o rítmo que impelimos em cada papel deve ser comedido de acordo com a felicidade de cada um.

    Antes não tínhamos espaço para competir e nos sentíamos sem vida, agora somos tão competitivas que não temos espaço para viver nossas vidas.

    Saber o que o perder, será poder escolher o que ganhar.

    Adm. ROBERTA GALVANI DE CARVALHO. Consultora Estratégica e  Master Coach, estudiosa do comportamento humano, desenvolve pessoas e empresas para o aumento de performance. www.galvanicarvalho.com.br – (63) 999731389.

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